“Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer”. A máxima, de Carlos Drummond de Andrade, parece perder força à medida que mulheres tomam, dia após dia, iniciativas pouco vistas no universo masculino. Na história da aviação, ao contrário do que se pensa, está repleta da presença feminina. Nascida em São Paulo, no ano de 1920, Ada Rogato foi uma destemida pioneira da aviação brasileira e a terceira brasileira a conseguir brevê de aviador em 1936.
Também nesta época, destacou-se por ser a primeira piloto de planador. Cinco anos depois, Ada voaria por 11.691 quilômetros, durante 16 horas, transpondo a Cordilheira dos Andes. Não “satisfeita”, realizou sua famosa travessia pelas três Américas, percorrendo 51.064 quilômetros em 326 horas, visitando cerca de 28 países.
Entre sua lista interminável de façanhas, Ada é considerada a maior recordista em voos solo, foi a primeira mulher a pousar no aeroporto mais alto do mundo (El Alto, Bolívia), inaugurou campos de aviação e estimulou a criação e prosseguimento de aeroclubes por todo o Brasil, foi pioneira em voos de fumigação no combate à broca do café, fez 213 voos de patrulhamento no litoral paulista, durante a Segunda Guerra Mundial; e, ainda, a primeira a pousar em Brasília, quando a capital brasileira ainda estava em construção.
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