Mercado de seminovos ganha fôlego no Brasil

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 O Brasil é hoje um dos maiores mercados para a aviação executiva do mundo. De acordo com dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), frota brasileira é a segunda maior do mundo – atrás apenas da norte-americana – e cresceu à média anual de 6,1% entre 2011 e 2013.
 
Embora pareça não ter afetado o crescimento do mercado de aviação executiva, o desaquecimento da economia brasileira pode estar contribuindo para mudar o perfil das vendas. Segundo a ABAG, em 2013 a frota de aviação geral ganhou 756 aeronaves, das quais 473, ou 62% do total, foram de modelos seminovos.
 
Apesar de não haver registros oficiais sobre o número de transações que envolvem aeronaves brasileiras – já que tanto a ANAC quanto a ABAG contabilizam apenas as emissões de matrículas nacionais –, o diretor de vendas da Líder Aviação, Philipe Figueiredo, garante que o número de negociações com aeronaves seminovas tem crescido desde 2008. 
 
“Atualmente, os compradores enfrentam um dilema: muitos precisam investir em um avião executivo para agilizar negócios e gerar mais receitas, mas estão inseguros quanto aos rumos da economia nacional. Nesse cenário, uma aeronave seminova, que demanda um aporte menor, torna-se uma alternativa interessante”, explica.
 
Segundo o executivo, o dinamismo deste setor tem resultado na alta da demanda. “Produtos seminovos abarcam vários perfis. Alguns clientes estão adquirindo a primeira aeronave, outros querem trocar de modelo fazendo o menor investimento possível. Há também aqueles que precisam vender”, afirma.
 
Falsos corretores
 
O aumento da movimentação no mercado de seminovos também fez crescer a quantidade de pessoas interessadas em ganhar dinheiro com o segmento. Na internet, é possível encontrar diversos endereços de pessoas e empresas que se identificam como “corretores de aeronaves”. Entretanto, nem todas possuem a qualificação necessária para lidar com essas operações.
 
De acordo com Philipe, qualquer aquisição de aeronave precisa ser acompanhada de um trabalho de assessoria, que exige especialistas em aviação executiva. Quando o modelo é importado, por exemplo, é fundamental realizar uma minuciosa vistoria técnica no produto, antes mesmo de o negócio ser fechado e a aeronave deixar o país de origem. Também é preciso cumprir os procedimentos corretos de importação, para evitar problemas com a legislação brasileira.
 
“Não basta conhecer as especificações técnicas de uma aeronave para poder vendê-la. É preciso entender todas as etapas do processo de compra e venda, para evitar futuros problemas de ordem técnica e até mesmo legais”, completa.
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