Taxi elétrico inaugura nova era na aviação civil

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No ano de 2011, a empresa americana de serviços e sistemas aeroespaciais Honeywell fechou uma parceria instigante com o conglomerado francês Safran a fim de fornecer uma tecnologia capaz de sacudir o mundo da aviação. O Electric Green Taxiing System, um sistema de propulsão “flex”, onde aeronaves de grande porte poderão taxiar usando a própria energia elétrica.

 
Quer dizer que os grandes aviões se tornarão “aviões elétricos” enquanto estiverem no solo? Isso mesmo! Gerando energia através de motores elétricos colocados em seus trens de pouso, o EGTS permitirá que aeronaves deem ré sem solavancos e possam taxiar entre o portão e a pista sem ter que dar partida em seus motores principais – usados para voar.
 
Desperdício
Um avião de curto ou médio alcance pode gastar até 2,5 horas de seu tempo em taxiamento a cada dia, e queima até 1,4 toneladas de combustível em solo. Análise da indústria atual indica que, apenas durante as operações de táxi, as aeronaves – de rotas domésticas mais curtas – consomem 5 milhões de toneladas de combustível por ano em todo mundo..
Com a primeira fase de testes concluída e estimativa para entrar no mercado em 2016, a nova tecnologia terá, como principal benefício, a redução no consumo de combustível em até 4% por voo, algo em torno de US$200.000 anuais para um Airbus A320.
 
Companhias como Air France e EasyJet já adotaram, e fazem cálculos, não só nas finanças, como na eficiência operacional nos aeroportos, reduzindo o congestionamento de aeronaves em solo, melhorando a pontualidade das partidas e agilizando o embarque e desembarque de passageiros. 
 
Benefícios ambientais também estão em jogo. A palavra “Green” (“Verde”), dentro da sigla, vem do termo “energia verde” (fontes que causam menos impacto ambiental). Significa que a redução das emissões de carbono e óxido de nitrogênio (combustíveis fósseis) são bandeiras igualmente fundamentais para a modernização dos serviços aéreos. 
 
“Quando se trata de resolver grandes desafios, é preciso buscar inovações. Hoje, o custo do combustível, e os custos relacionados com as emissões de carbono, estão no topo da lista das preocupações de qualquer companhia aérea”, lembra Tim Mahoney, presidente e executivo-chefe da Honeywell Aerospace.

Próximos testes

O desenvolvimento do EGTS já mobilizou mais de 200 engenheiros trabalhando em 13 instalações ao redor do mundo. Embora não haja uma data definida para o próximo programa de testes, a Honeywell-Safran garante que o grande passo agora será avaliar o sistema em velocidades de até 20 nós, exigindo desempenho completo da aeronave – no máximo de decolagem de peso (MTOW).

Acompanhe o sucesso do “Electric Green Taxiing System”, na rota entre Toulouse e Paris:

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Pedro Rosas | Portal do Aviador

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