Na publicação sobre formação aeronáutica pontuamos passos importantes para um treinamento tranquilo e focado, agora começaremos a explicar cada um desses pontos.
Planejar uma formação profissional é planejar a sua vida, pois ao final de tudo teremos um novo piloto no mercado, pronto para assumir uma aeronave e iniciar sua carreira.
É de extrema importância portanto que tudo tenha metas e prazos, criar metas ajuda na disciplina e também a situar-se na etapa de formação, isso se torna empolgante conforme elas são atingidas, assim como estipular prazos, muitas vezes a dificuldade financeira, profissional ou o tempo podem atrapalhar o cumprimento dos prazos, mas atenha-se a eles para que tudo esteja sempre sob controle e garantir que o resultado final será atingido conforme planejado, nem que você tenha que fazer ajustes ao longo dos dias, com muita dor no coração, mas isso também ajuda na disciplina.
Criamos uma planilha que auxilia nesse planejamento, ela permite a criação de metas e etapas baseadas na sua condição financeira e no objetivo final, por isso iremos mostrar como utilizá-la na segunda etapa dessa série de publicações.
Como falamos anteriormente, um piloto pronto par atuar no mercado precisa de algumas qualificações, e isso demanda tempo.
- Licença de Piloto Comercial/Privado/Agrícola…
Para formar um piloto comercial o RBAC 61 da ANAC exige que o candidato preencha muitos requisitos, que constam em nossa planilha.
Por exemplo, a primeira etapa é tirar a licença de piloto privado, que para tal exige que o aluno tenha cerca de 40 horas de voo (entre horas noturnas, em comando e em instrução), mas antes disso ele precisa ter sido aprovado na prova teórica da ANAC, que exigiu um curso de formação teórica do mesmo e por ai vai, portanto, cada etapa deve ser muito bem estipulada e fazer sentido tanto financeiramente quanto cronologicamente, de nada adianta começar a voar sendo que ainda não sabe a teoria e não começou os estudos para isso.
- Habilitações de Voo
Habilitações de voo são um complemento às licenças e algumas delas são obrigatórias para certo tipo de operação aérea, como o IFR (Voo por Instrumentos). Incluir as habilitações no planejamento podem ajudar na poupança do tempo pois, de acordo com os regulamentos ANAC, algumas podem estar incluídas na formação de piloto comercial, reduzindo o número de horas VFR, por exemplo, e trocando-as por horas IFR
- ICAO 4 ou 5
Inglês é a língua universal da aviação, seja nas radio comunicações, seja nos manuais das aeronaves e seja no CRM. A obtenção da operacionalidade do inglês, ou seja, tirar notas 4 ou 5 que permitem operações internacionais em aeronaves de matrícula brasileira e são exigidas em qualquer esfera da aviação (Comercial ou Executiva) começa muito antes das aulas de piloto privado!
Ninguém aprende uma nova língua da noite pro dia, por isso comece a estudar inglês antes de tudo, coloque esse tempo e custo no seu planejamento pois tirar essas notas é um fator decisivo para te colocar no mercado. Comece por aqui, aprenda bem a língua e busque a nota 5, pode acreditar que fará a diferença.
- Jet training
O curso de Jet training consiste em um treinamento rápido, cerca de 4 semanas, onde serão passadas lições sobre CRM e uma breve transição para jatos para que os então pilotos de monomotor possam adequar-se à velocidade dos procedimentos em um Jato. É um curso considerado como preferível na linha aérea e tem pouco valor nas contratações da executiva. Muitos preferem eliminar conhecimento buscando reduzir custos, com um bom planejamento não será preciso abrir mão do que te leva para o futuro, o conhecimento, e então o aluno poderá ter mais uma qualidade acrescida em seu currículo.
- Ensino Superior
Assim como o Jet Training, muitos abrem mão da formação acadêmica a fim de economizar dinheiro, alguns acham mais vantajoso investir em mais horas de voo (muitos não o fazem) e outros preferem nem considerar esse dinheiro extra no planejamento.
Aqui vão algumas dicas e opções nesse caso. Para quem quer formação em Aviação Civil ou Ciências Aeronáuticas as opções são apenas em universidades privadas, o que realmente demandam altos custos para a graduação e que podem aumentar se considerarmos alimentação e transporte para frequentar as aulas, ainda assim, se bem planejado é possível incluir uma graduação em ensino superior no currículo pois, novamente, ensino nunca é demais e trocá-lo por algumas horas de voo pode ser prejudicial à longo prazo.
Outra opção, essa para quem não pensa tanto em formar na área da aviação é buscar outras áreas de graduação, que lhe interessem e o tornem feliz. Isso possibilita duas vertentes, a formação em universidade privada, porém em instituições com custo mensal menor. Ou então recorrer às universidades públicas, que vão permitir a formação de boa qualidade, custo muito baixo (Apenas transporte e alimentação) e que capacitam também para uma colocação no mercado como piloto de aeronaves.
Foram colocadas algumas dicas e formas de se pensar sem abrir mão do crescimento e gastando a mesma coisa, ou menos!
Fiquem ligados na próxima etapa, onde todo esse planejamento será transformado em dinheiro, o que todos queremos hahaha, e metas!
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