Os fabricantes tinham em mente construir um aparelho mais eficiente do que o Model 720, e cuja capacidade pudesse ser “esticada” até a do 707. A escolha do traçado e dos motores foi demorada.Optou-se pela asa “limpa” do Sud-Aviation Caravelle, que exigia a utilização de três motores turbofan traseiros, um deles instalado na cauda em T da fuselagem, com entrada de ar à frente da deriva. Por razões econômicas, usou-se no novo modelo a maior quantidade possível de elementos de estrutura, componentes e sistemas já utilizados nos Model 707 e 720.O Boeing 727 voou pela primeira vez em fevereiro de 1963, estreando a serviço da Eastern Air Lines um ano depois. A produção do modelo continuou por vinte anos ininterruptos, fabricando-se, no total, 1 832 aparelhos — um recorde para jatos de transporte de passageiros.
A chave do sucesso foi a economia e a confiabilidade do 727, também construído nas versões 727-100C e 727-1000C, utilizáveis como aviões de carga ou de passageiros. Uma outra variante, o 727-200F, sem janelas e com estrutura reforçada, destinou-se só ao transporte de carga e, junto com as que foram para o mercado das linhas comerciais, despertou o interesse de vários governos. Muitos serviram em Forças Aéreas como aviões de transporte VIP/multifuncionais.
Especificação | Boeing Model 727-100C |
---|---|
Origem | Estados Unidos |
Tipo | Avião transformável para transporte de passageiros ou carga. |
Motores | Três turbofan Pratt & Whitney JT8D-7 de 6 350 kg de empuxo cada |
Desempenho | Velocidade máxima de cruzeiro 975 km/h a 6 400 m; velocidade econômica de cruzeiro 915 km/h a 9 145 m; teto de serviço 11 125 m; alcance com carga máxima 3 260 km |
Peso | Vazio 41 320 kg; máximo na decolagem 76 660 kg |
Dimensões | Envergadura 32,90 m; comprimento 35,40 m; altura 10,40 m; área das asas 157,90 m² |