Adaptado para viagens de curto alcance, modelo é projetado para tráfegos regionais em expansão, com fluxo crescente de passageiros
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O líder de vendas A330, que ganhará versão mais leve, para rotas mais curtas e mercados regionais em plena expansão |
Com olhares voltados ao florescente mercado chinês, a maior fabricante de aviões comerciais do mundo, a Airbus, divulgou o lançamento de uma versão mais leve do A330, adaptado para voos mais curtos, regionais e domésticos. O anúncio foi oficializado durante a Aviation Expo China 2013, evento realizado no último mês de setembro, em Pequim.
De acordo com Fabrice Brégier, presidente da montadora francesa, a versão foi projetada para atender mercados com densidade populacional elevada e fluxo de tráfego crescente – a exemplo da China, alvo principal do modelo. “Anunciamos a inovação na China pelo grande interesse deste país em aeronaves eficientes para ligar megacidades como Pequim, Shangai, Chengdu e Guangzhou”, enfatizou.
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Cockpit do A330 |
Comparado às versões atuais do A330-300 – voltadas a operações de longo alcance –, o novo turbo-jato traz redução de 200 toneladas no peso, cabine para 400 passageiros em classe econômica, assentos de 46 cm de largura, e autonomia para até 5.556 quilômetros de distância. Em nota oficial, através de sua assessoria, Brégier ainda destacou o fato dos operadores se beneficiarem de um avião “que vai aliviar o congestionamento do tráfego aéreo, dos aeroportos e a escassez de pilotos”.
Com retoques na performance de voo, como o abatimento nos custos de manutenção e combustível, a inovação pode resultar numa economia de cerca de 15% no custo total das operações. Além disso, contará com as tecnologias do A350XWB e do A380, incluindo funcionalidades como head-up display dual, sistemas atualizados de navegação, assentos slimline (modernos e de baixo peso), conectividade wi-fi, TV de alta definição e iluminação LED regulável.
Briéger chama Boeing 777 de “tigre de papel”
O presidente e CEO da Airbus andou incendiando polêmicas no mundo da aviação ao chamar de “tigre de papel” um dos aviões de sua maior concorrente, a americana Boeing. As críticas causaram escândalo durante evento em que a fabricante europeia apresentou um protótipo do A350, aeronave que rivaliza diretamente com os modelos 777 e o 787 Dreamliner, da Boeing.
O A350, assim como os modelos supracitados da Boeing, tem mais de 50% das peças feitas de polímero à base de fibra de carbono (bem mais leve que ligas metálicas), trazendo melhor rendimento de voo e menor consumo de combustível. “Nosso avião tem a mesma performance do 777, mas com um consumo 25% menor de combustível. O concorrente precisa fazer alguma coisa”, insinuou Brégier, declarando ainda que os europeus alcançarão rapidamente a liderança absoluta do setor.