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Aeronaves Históricas

As lendárias máquinas voadoras

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Depois do sucesso dos irmãos Wright e de Santos-Dumont, registrou-se por toda parte o despertar do interesse pelos aparelhos “mais pesados do que o ar”

máquinas voadoras 2A história não conseguiu fornecer o número de cientistas, engenheiros, mecânicos e homens que competiram na tentativa de construir cada qual o “seu” aeroplano. De 1904 a 1912, nasceram centenas de protótipos. Entre as mais importantes destas prestigiosas “máquinas voadoras” figura, por exemplo, o Ellehammer, do dinamarquês Jacob Christian Hansen Elehammer. Também merece respeito o Hydravion, de Henri Fabre, porque foi o primeiro hidroavião do mundo: no dia 29 de março de 1910, concluiu um voo de cerca de 6 km, com amerrisagem perfeita.

Aeroplanos dignos de menção foram também o Dunne D-5, de John William Dunne, que foi o primeiro avião do tipo “asa voadora”, do mundo; o Miller e o Chiribiri, que figuraram entre os primeiros construídos na Itália; o Cody, do norte-americano radicado na Inglaterra Samuel Franklin Cody, o primeiro que efetuou um voo verdadeiro na Grã-Bretanha. Entretanto, não existem provas oficiais de que hajam conseguido elevar-se do chão o Givaudan, de asas em forma de tambor; o Safety, com asas em forma de anel; o Edward, de asas rombóides (forma de losango); o Seddon, que tinha o aspecto de um monstro da ficção científica.máquinas voadoras 1

Alguns “saltos” também foram feitos pelo Aéroplane do Capitão Dorand, destinado a usos militares; pelo Koechlin-De Pischoff; pelo Cygnet II, máquina ideada e projetada pelo norte-americano Alexander Graham Bell (o pai, com Meucci, do telefone), mas construída pela Aerial Experiment Association, de que fazia parte Glenn Curtiss. Parece impossível que este estranho aparelho, de estrutura a maneira de “ninho de abelha” ou favo, tenha conseguido realizar um “salto” de cerca de 100 m, antes de se despedaçar sobre a superfície gelada do Lago Keuta. E, talvez, na realidade, nunca voou.

Não voou o Multiplane, de Horatio Frederick Phillips, mas os estudos sobre as formas das superfícies alares, que tentava experimentar, tiveram, depois, grande importância.

Também não voou o avião que o jovem engenheiro romeno Henri Coanda apresentou no Segundo Salão de Aeronáutica de Paris, de 1910, mas o princípio da propulsão a turbina foi nele claramente indicado.

Passaram-se pelo menos 25 anos, antes que outros inventores colhessem sucesso onde Coanda falhara. Talvez isto tenha ocorrido somente porque, sob o impulso da sua audácia, ele haja desejado ser precursor dos tempos.

Enzo Angelucci | Editora Melhoramentos