A Azul SA, hoje a terceira maior companhia aérea do Brasil, pode se tornar a maior na medida em que avança para além da aviação regional com US$ 6,5 bilhões em pedidos de aviões de maior porte, parcialmente financiados por uma abertura de capital.
Com locações e compras de 63 jatos A320neo, da Airbus Group NV, a Azul está pronta para operar esses aviões maiores já em rotas domésticas.
Contando com sua frota de turboélices ATR, de jatos regionais da Embraer e de aeronaves de fuselagem larga da Airbus, a Azul pode oferecer cerca de 3.000 assentos a mais do que as companhias dominantes do país, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA e a unidade TAM, da Latam Airlines Group SA, considerando as frotas atuais das empresas.
“Nós vamos fazer o bolo crescer, não vamos roubar dos nossos concorrentes”, disse Antonoaldo Neves, presidente da Azul, em entrevista no mês passado. “Nada impede que o mercado dobre de tamanho”.
A Azul, companhia aérea fundada por David Neeleman, começou a operar em 2008 atuando em cidades brasileiras pequenas e com pouco serviço, manteve uma participação de mercado de cerca de 17 % desde que comprou a Trip Linhas Aéreas SA há dois anos.
Hoje tem a maior malha do país e atende a mais de 100 destinos, disse a companhia em seu documento. A operadora deve receber os novos aviões Airbus até 2023, no mesmo período em que a Gol vai incorporar cerca de 100 novos jatos 737 Max, da Boeing.
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