A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, terceira maior companhia aérea do país, pediu autorização para lançar ações na Bolsa brasileira e na Bolsa de Nova York.
A empresa afirma que pretende estrear na Bovespa ainda neste ano, segundo seu relatório inicial.
A companhia informou, nesta segunda-feira (1º), que pediu registro junto à Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, e à brasileira Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A companhia disse que lançará na Bovespa ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos, mas sem direito a voto em assembleia). A operação consiste de ofertas primária (ações novas) e secundária (hoje detidas por sócios).
Nos Estados Unidos, serão feitas emissões de ADSs (American Depositary Shares).
Após a oferta, o acionista majoritário da companhia, David Neeleman, sócio fundador que tem atualmente 67% das ações, vai permanecer sendo o acionista controlador da Azul.
No começo do ano, a empresa deu início ao processo para lançar ações na Bolsa brasileira, mas acabou desistindo, alegando haver condições desfavoráveis do mercado.
Compra de aviões e novas rotas
O objetivo da empresa aérea é captar até US$ 100 milhões. Com os recursos, pretende comprar jatos da Embraer, aumentar o número de rotas e pagar dívidas.
“Nós pretendemos usar o lucro da oferta para investir em aeronaves para aumentar a frota, financiar gastos de capital necessários para aumentar o número de destinos em nossa rede, pagar dívida e em propósitos gerais”, afirmou a Azul.
A companhia afirma no prospecto que pretende adicionar 12 aeronaves de corredor duplo da Airbus em sua frota. As aeronaves serão usadas para atendimento de voos para a Flórida a partir do final deste ano e também para Nova York, onde a empresa pretende iniciar voos de Campinas (SP) ao aeroporto JFK, em meados do próximo ano. Os aviões também serão usados em mercados de alta densidade no Brasil, segundo o prospecto.
Do total de aviões, sete são A330s com entrega prevista para até o início de 2015 e cinco são A350s de nova geração a serem entregues entre 2017 e 2018.
Além disso, 30 jatos regionais de próxima geração da Embraer substituirão aviões de gerações mais antigas a partir de 2020.
A Azul havia informado no final de semana que 63 aeronaves Airbus A320neo serão incorporadas a sua frota entre 2016 e 2023.
Ao final do terceiro trimestre, a companhia operava 103 destinos, com 864 viagens por dia e 217 rotas. A frota total era formada por 145 aeronaves, das quais 56 sob propriedade da Azul.
Tribuna Hoje