Os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e de Manaus, no Amazonas, não serão concedidos. A garantia é do ministro da Aviação, Eliseu Padilha, que avalia os três terminais como estratégicos para garantir fôlego financeiro para a Infaero.
Durante abertura da AirPort Infra Expo, seminário sobre gestão de aeroportos realizado em Brasília na terça-feira (25/03), o ministro destacou a importância desses três aeroportos para as receitas da estatal. “Esses aeroportos não serão concedidos porque garantem à Infraero a receita mínima e indispensável para a sua existência”, justificou Padilha. Ele ainda lembrou que as viagens entre Congonhas e Santos Dumont representam a terceira ponte-aérea mais movimentada do mundo: “A INFRAERO deve ter condições de sobreviver com sua própria atividade – e pode”, enfatizou.
O ministro acredita que não conceder os três terminais aéreos à iniciativa privada, juntamente com a restruturação da empresa, possibilitará à INFRAERO o reequilíbrio financeiro e permitirá que ela volte a ser lucrativa com capacidade de investimento. Em 2012, por exemplo, a estatal arrecadou R$ 4 bilhões.
“A Secretaria de Aviação Civil e o Ministério do Planejamento já têm posição consolidada sobre a criação de três subsidiárias para a empresa: INFRAERO Participações, INFRAERO Navegação Aérea e INFRAERO Serviços”, adiantou Padilha. “Será utilizado o quadro excepcional de recursos humanos que a empresa possui e o conhecimento acumulado em 43 anos de atuação, e, também, por ser a terceira maior operadora de aeroportos do mundo, para ficar à disposição do mercado interna e internacionalmente”, analisou.
Padilha ainda confirmou que um novo pacote de concessões deve ser anunciado nos próximos dias. O ministro da aviação adiantou que os primeiros aeroportos a serem concedidos desta vez serão os de Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC).
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