O Piper Cheyenne voou pela primeira vez em 1969. Designado PA-31T-620, tinha basicamente a célula do Navajo, porém, pressurizada, e equipada com dois motores turboélice Pratt & Whitney Canada PT6A-28, de 620 hp’s cada. A certificação para essa primeira variante foi concedida em maio de 1972, sendo produzido em série entre 1974 e 1978.
O Piper Cheyenne foi desenvolvido a partir da célula do Navajo, porém pressurizado e com motores turboélices.
Ainda em 1978 foi lançada a versão PA-31T1-500, com custos operacionais inferiores a versão original -620, equipado este com os motores Pratt & Whitney PT-6A-11, de 500 shp’s. Série produzida entre 1981 e 1984. Entre 1983 e 1985 foi oferecido pela Piper a versão PA-31T1A-500 Cheyenne IA, que tinha algumas melhorias em relação as versões anteriores, como as carenagens dos motores redesenhada, bem como novas hélices, visando melhorar o desempenho da aeronave em cruzeiro. Outras melhorias, como um sistema de auto-ignição, starter automático um novo pára-brisas, maior também foram incorporadas.
Painel básico do Piper Cheyenne, bastante semelhante ao de seu irmão Navajo
Em setembro de 1977 a Piper anunciou o novo Cheyenne, designado PA-42-720 Cheyenne III. Este, voou pela primeira vez em maio de 1979 e sua certificação pelo FAA concedida em 1980. Comparado a versão II, o Cheyenne III tem a fuselagem um metro mais longa, cauda em T e os novos motores Pratt & Whitney PT6A-41, de 720 shp’s cada. O Cheyenne III possui um conjunto completo de equipamento Anti Ice, hélices Q-Tip, geradores de 250 amperes, um sistema de pressurização de 6,3 psi apoiado por um sistema de emergência operado por ar de sangria do motor direito.
O Cheyenne III tem a fuselagem um metro mais longa que as versões anteriores e a principal mudança foi a introdução da cauda em T
Em 1988 chegou ao mercado o Cheyenne IIIA, que dentre as novidades estavam um sistema de ar condicionado melhorado e mais eficiente, trazendo mais conforto aos passageiros, FCU (unidades de controle de combustível) mais confiáveis. Os motores eram os mesmos PT-6A-61, de 720 shp’s, porém com um compressor axial adicional, mantendo um bom desempenho em altitudes ainda mais elevadas.
Piper Cheyenne III
Surgiu também o PA-42-1000, que é basicamente umPA-42-720, com um motor Garret TPE331-14-801, de 1650 shp’s , e hélices de quatro pás, com 10 polegadas de diâmetro Dowty Rotol construídas em material composto. Foi nomeado pela Piper como Cheyenne 400LS. Era o turboélice de produção mais rápido do mundo em sua época. Competia diretamente com jatos executivos de seu porte, tendo desempenho comparável ao Cessna Citation com uma cabine mais espaçosa e consumia significantemente menos combustível, especialmente em altitudes menores. Possuía uma velocidade máxima de cruzeiro de 335 knots (equipado com as hélices Dowty Rotol de quatro pás) e 340 knots (com as hélices alemãs MT, de 5 pás).
PA-42-1000, equipado com as hélices Dowty Rotol de quatro pás. Foto: Daniel Tanner – Airliners.net
PA-42-1000, equipado com as hélices alemãs MT, de 5 pás. Foto: Gianni Deligny – Airliners.net
Versões
PA-31T Cheyenne – Versão de produção inicial, equipado com dois motores turboélices Pratt & Whitney Canada PT6A-28 de 620 shp.
PA-31T-1 – Designação original do PT-31T Cheyenne II. Equipado com dois motores turboélices Pratt & Whitney Canada PT6A-II de 500 shp.
PA-31T Cheyenne II – Versão melhorada em relação à versão original, motorizado com dois motores turboélices Pratt & Whitney Canada PT6A-28 de 620 shp.
PA-31T Cheyenne IIXL – Versão alongada, equipado com dois Pratt & Whitney Canada PT6A-135 com 750 shp.
PA-42-1000 – Maior avião construído pela Piper, com apenas 45 exemplares. Equipado com dois motores turboélices Garret TPE331-14-801, de 1650 shp’s, rebaixados para 1000.
Especificações técnicas – Piper PA-31T Cheyenne
Assentos: 5 passageiros + 1 piloto
Comprimento: 10.57 m
Envergadura: 13.01 m
Altura: 3.89 m
Peso vazio: 2.209 kg
Peso máximo de decolagem: 4.082 kg
Velocidade máxima: 525 km/h
Velocidade de cruzeiro: 393 km/h
Alcance MTOW: 2.739 km (1.700 nm)
Teto máximo de serviço: 8.840 m (FL290)
Razão de subida: 14 m/s
Postado por: Daniel Popinga – Portaldoaviador.com
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