Para evitar os chamados “elefantes brancos” nos municípios do interior, o governo federal resolveu mexer na forma de contratação das obras em 270 aeroportos do programa de aviação regional lançado pela presidente Dilma Rousseff, no fim de 2012, que prevê investimentos de R$ 7,3 bilhões. Ela reuniu ministros e técnicos do governo e vetou a ideia de abrir licitações, até dezembro, somente para a ampliação e a modernização dos primeiros 50 terminais do programa. Dilma e o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, detectaram que muitos aeroportos poderiam apresentar gargalos nos acessos viários e pátios usados pelas aeronaves. Havia o risco de investir em terminais de passageiros que, pouco depois de construídos, sofreriam restrições para utilização. Dilma aprovou, então, ajustes no programa, como a elaboração de estudos de viabilidade econômica e projetos básicos de engenharia. Assim, com base no que for apontado pelos projetos, o governo pretende contratar, para cada aeroporto, todas as intervenções necessárias de uma só vez: terminais de passageiros, reformas de pistas, ampliações de pátios de aviões e acessos viários.