
Jato E175: com capacidade para transportar entre 70 e 90 passageiros, o modelo é uma grande aposta da empresa
Depois de vender 240 jatos E175 nos Estados Unidos nos últimos dois anos, a Embraer está voltando seu esforço para emplacar o modelo no Brasil. Com capacidade para transportar entre 70 e 90 passageiros, o E175 é uma grande aposta da Embraer para o mercado de aviação regional, segmento que o governo pretende estimular.
Hoje, cerca de 500 modelos do E175 e E170 estão em apenas cinco deles voam no Brasil. São aeronaves que eram da companhia aérea Trip e foram incorporados à frota da Azul após a fusão das duas empresas.
A Embraer estima que há uma demanda para 50 aviões de cerca de 100 assentos no Brasil nos próximos anos. “Esse demanda pode ser estimulada com a reforma de aeroportos regionais e a implementação do plano de aviação regional do governo”, disse o presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva.
O plano de aviação regional, que prevê reforma de 270 aeroportos e subsídio a voos, foi aprovado pelo Congresso no fim de 2014. Mas o governo ainda precisa definir a regulamentação do setor antes de liberar o subsídio.
As líderes de mercado Gol e TAM, que hoje não operam com aviões da Embraer, já confirmaram no fim do ano passado que estão avaliando a compra de aviões da empresa, dentro de um plano de expandir os voos para o interior do Brasil. “Existem conversas com as empresas para que eles comecem a operar com os aviões de primeira geração e depois recebam os jatos de segunda geração”, disse Silva.
Gol e TAM informaram que avaliam a compra de modelos da família E2 (segunda geração de jatos da Embraer), que foram lançados em 2013 e serão entregues a partir de 2018. As entregas do modelo E175 começam dois anos depois.
A TAM também informou, em dezembro, que estuda soluções de curto prazo para incrementar a frota regional, como arrendamento de aeronaves. A companhia aérea disse que decidirá sua estratégia para aviação regional até março.
A Azul, que já nasceu com frota da Embraer, anunciou que faria novas encomendas assim que o plano de aviação regional fosse aprovado. A empresa assinou uma carta de intenções no ano passado para comprar 30 jatos de segunda geração da Embraer. O contrato ainda não foi fechado e as duas empresas estão em negociação para a confirmação do pedido. O valor do negócio é estimado em US$ 3,1 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Marina Gazzoni / Estadão