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FAB realiza simulação de interceptação com caça F-5 no Rio de Janeiro

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Nesta quinta-feira (14/07), a Força Aérea Brasileira (FAB) apresentou seu planejamento para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Logo após a coletiva de imprensa, em que estiveram presentes jornalistas de veículos nacionais e do exterior, os profissionais de comunicação puderam acompanhar um treinamento de interceptação. Nele, o avião onde estavam os jornalistas simulou ingressar em uma área de restrição de voo e foi abordado por um caça F-5. Durante a Olimpíada, haverá três áreas de exclusão aérea – branca, amarela e vermelha – com diferentes níveis de acesso, para garantir a segurança das competições.

 

No vídeo, é possível termos uma noção de como será a interceptação aérea, feita por caças F-5

Regras especiais para o espaço aéreo durante os Jogos Olímpicos

O espaço aéreo terá regras especiais durante o período dos Jogos. De 24 de julho e 22 de agosto (Jogos Olímpicos), e de 7 a 19 de setembro (Jogos Paralímpicos), haverá restrições específicas para o sobrevoo da cidade do Rio de Janeiro.

Em uma área denominada BRANCA, que abrange de Angra dos Reis até Cabo Frio, e do Oceano até quase com a divisa com Minas Gerais, estarão proibidos voos de treinamento, instrução e turísticos, dentre outras restrições. Também estarão proibidas operações de paraquedas, parapentes, balões, dirigíveis, ultraleves, aeronaves experimentais, asas-deltas, pulverização agrícola, reboque de faixas, aeromodelos, foguetes e veículos aéreos remotamente pilotados.

Entre os dias 3 e 22 de agosto, e 7 a 19 de setembro, haverá a ativação da área AMARELA nos dias de competições esportivas. Com 27,78 quilômetros de raio (15 milhas náuticas), incluindo os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, indo desde Niterói até a praia de Grumari, e do Oceano Atlântico até Nova Iguaçu, a área será permitida para sobrevoo apenas de aeronaves devidamente autorizadas.

Nos períodos das competições, também serão ativadas sobre os complexos esportivos da Barra, Deodoro, Maracanã, Engenhão e Copacabana as chamadas áreas VERMELHAS, cada uma com 7,4 quilômetros de raio (4 milhas náuticas). Somente poderão voar aeronaves com autorização expressa do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), incluindo as das Forças Armadas, órgãos de segurança pública, chefes de estado e autoridades públicas, aeronaves-ambulância e aquelas utilizadas pelas organizações dos eventos esportivos.

Qualquer veículo aéreo que descumprir essas orientações poderá ser interceptado em voo pelo COMDABRA. O decreto presidencial N° 8.758/2016 determinou que aeronaves consideradas suspeitas estarão sujeitas às medidas coercitivas de averiguação, intervenção, persuasão e até de destruição. Esta última medida pode ocorrer sob ordem do Comandante da Aeronáutica. Para executar tais ações, a Força Aérea Brasileira terá aviões de caça, helicópteros e aviões-radar em voo ou prontos para decolar.

Este conceito e estrutura militar para gerenciar o fluxo de tráfego aéreo já foi adotado em grandes eventos sediados pelo Brasil. As experiências na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em 2012, na Copa das Confederações de Futebol FIFA Brasil 2013, a Jornada Mundial da Juventude Católica Rio 2013 e a Copa do Mundo de Futebol FIFA Brasil 2014 foram bem sucedidas e resultaram em reconhecimento internacional.

As ações de defesa aérea durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 serão coordenadas pelo COMDABRA, órgão do Comando da Aeronáutica sediado em Brasília (DF).

A seguir algumas fotos de como foi a interceptação aérea, sobre o Rio, envolvendo uma aeronave Embraer C-97 Brasília:

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Postado por: Daniel Popinga – Portaldoaviador.com

Fonte: http://fab.mil.br/