Para fomentar os projetos de aviação executiva, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) reuniu investidores nesta segunda-feira para apresentar dois fundos de investimentos, administrados pela Caixa, que poderão, depois de terem algumas adaptações, entrar como sócios nos projetos. Os fundos são o já conhecido FI-FGTS e o mais recente Caixa FIP Integração Logística, que começou a ser capitalizado no último trimestre de 2013 e tem hoje R$ 1,04 bilhão.
O ministro da SAC, Wellington Moreira Franco, salientou a importância desse tipo de ferramenta para auxiliar no financiamento. Segundo ele, a fatia dos aeroportos executivos, que são de médio porte, ficam hoje descobertos de financiamentos, enquanto os grandes projetos contam com o auxílio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socia (BNDES) e os pequenos usufruem de ferramentas do Sebrae.
“Queremos também que os bancos privados entrem nesse ramo, que tem boas garantias e baixo risco”, disse Moreira Franco, acrescentando que tem participado de reuniões com as instituições financeiras privadas sobre o tema. Na prática, a ideia é que os aportes dos fundos se deem em troca de participação acionária nos empreendimentos, ou seja, uma forma de suprir a carência de financiamento a esses projetos.
“Identificamos dois produtos geridos pela instituição que se enquadram nos investimentos de infraestrutura dos aeroportos da aviação executiva. Agora, permitiremos aos empreendedores que se capitalizem no momento mais crucial do projeto, que é o início”, explicou Ronei Saggioro Glanzmann, diretor do Departamento de Outorgas da SAC.
Estiveram presentes no encontro 15 grupos empresariais privados, já envolvidos no tema: BH Sul e Edificare Negócios; Grupo SFA; Gran Marco Empreendimentos; J. Malucelli; Modiano; Penido Construtora; Harpia; Helicidade; Grupo Aliperti; JHSF; Eplan Engenharia; Teruel; CACG; Líder Aviação e HBR Helipontos. Destes, sete já têm autorização para construir e gerir aeroportos executivos privados. Dois deles já estão em obras.
Agência O Globo