Em setembro de 1980, a destroços de um avião Spitfire emergiu das areias da praia de Calais, vindos provavelmente de um pouso forçado durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, a identidade da aeronave permaneceu um mistério. Graças a uma investigação organizada pelo presidente de um hoverport, nas proximidades da cidade, em janeiro de 1981, o Spitfire foi finalmente identificado como P9374 (uma versão maior do Supermarine MC 1).
Apesar da descoberta, inúmeros detalhes por trás de sua chegada no norte da frança vieram à tona. Vinda de um lote de 138 Spitfires construídos sob contrato pelo Ministério da Aeronáutica em Woolston, Inglaterra, o Spitfire P9374 foi entregue à RAF (Royal Air Force) no dia 02 de março de 1940, antes de ser levado ao famoso Esquadrão 92, de caças da RAF, em Croydon, quatro dias depois.
O motor Merlin III, instalado no P9374, foi construído pela Rolls-Royce, em Derby, no dia 27 de Outubro de 1939 – testado em 02 de novembro de 1939 – com uma data de entrega de 6 de Novembro de 1939, quando foi despachado para a 14ª Unidade de Manutenção da RAF, em Carlisle.
Durante o serviço, o Spitfire P9374 foi pilotado por pelo menos oito pilotos diferentes, incluindo os Sargentos Barraclough, Eyles e Fokes, os comandantes Bryson, Saunders e Williams e o tenente Green. Mas foi nas mãos do piloto Williams, no entanto, que o modelo foi abatido no dia 23 de maio de 1940, ao longo da costa francesa.
Os registros mostram que P9374 teve um tempo de voo total de 32 horas e 5 minutos no momento da sua perda.