O Consórcio Aeroportos do Futuro, da Corretora Santander, arrematou o aeroporto do Galeão (RJ) com uma proposta de R$ 19,018 bilhões, cravando alta de 293% sobre a previsão inicial. O lance mínimo era de R$ 4,82 bilhões e a estimativa de investimentos estava prevista em R$ 5,7 bilhões. Já o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG), foi arrematado pelo Consórcio AeroBrasil (Corretora Codepe), por R$ 1,82 bilhão. O lance mínimo era de R$ 1,09 bilhão, num ágio de 66%. Os leilões garantem a arrecadação de R$ 20,838 bilhões ao governo, com ágio de 251,74% sobre o valor mínimo. O prazo de concessão será de 25 anos para o Galeão e de 30 anos para Confins. Confira o que muda com a concessão:
Galeão:
- Dos atuais 17,5 milhões para 60 milhões de passageiros/ano, até 2038, ano do fim da concessão
- Construção de 26 pontes de embarque até maio de 2016
- Construção de estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículo para 2015
- Adequação das instalações para armazenamento de carga para os jogos olímpicos de 2016
- Construção de um sistema de pistas independentes até gatilho de 262.900 movimento/ano
Confins:
- Dos atuais 10,4 milhões para 43 milhões de passageiros/ano até 2043, ano do fim da concessão
- Construção de novo terminal de passageiros com, no mínimo, 14 pontes de embarque até 2016 e vias terrestres associadas
- Ampliação do pátio de aeronaves para até maio de 2016
- Construção de segunda pista independente até 2020 ou até gatilho de 198.000 movimento/ano
Recursos do leilão devem subsidiar a Aviação Regional
Após o fim das concessões dos cinco maiores aeroportos do país, encerrado com o leilão de Galeão e Confins, o governo prometeu canalizar os recursos para o setor de Aviação Regional. De acordo com Moreira Franco, ministro da Secretaria da Aviação Civil, as reformas nos 270 aeroportos regionais começam nos próximos meses. “Vamos começar as obras o mais rápido possível. Estamos fazendo também intervenção em outros 20 aeroportos e já vamos perceber a melhora até o fim deste ano”, afirmou.