Depois de empreender inúmeros projetos e passar dezenas de horas em voo, Dumont enfim percebeu que os motores de explosão tinham se desenvolvido o suficiente para a construção de um aparelho mais pesado que o ar, navegando contra o vento, em absoluta segurança. Abandonou rapidamente os dirigíveis e voltou a estudar a mecânica dos pássaros, a estrutura de seus corpos e os movimentos que realizavam durante o voo.

Os Demoiselles
Não satisfeito com as séries Nº 15 a 18, Dumont ainda construiu a série Nº 19 a 22, de tamanho menor, chamada de Demoiselles (“libélula” em francês). Mais rápidos e com maior possibilidade de controle que o 14-Bis, o Demoiselles, de 1907, é considerado o primeiro avião esportivo do mundo e o primeiro a ser fabricado em larga escala, por uma antiga fábrica de automóveis, a Clément Bayard.
Em 1909, capaz de voar quilômetros, com seu motor Dutheil-Chalmers de 18 cavalos-vapor e asas arqueadas. Meses depois, adaptou um motor Darracq de 30 cavalos-vapor e enrolou os tubos do radiador em torno das asas, criando o Demoiselle VI. Com ele, Dumont realizou os mais extraordinários voos de sua carreira, alçando uma média de 96 km/h, marca inédita para a época.
Tão comum nos dias de hoje, o relógio de pulso surgiu de uma necessidade de Santos-Dumont de possuir um relógio amarrado no braço, para utilizar com mais facilidade durante o voo, já que ficava complicado tirá-lo do bolso. Dumont então pediu ao seu amigo Louis Cartier, notório relojoeiro e joalheiro de Paris, que pusesse alças em seu relógio de bolso.