O estado de São Paulo, assim como todo o país, possui muitos aeroportos com considerável movimentação de aeronaves, porém sem equipamentos que possibilitam uma aproximação por instrumentos, seja ela de precisão ou não.
Por isso, vale lembrar e refrescar a memória sobre as peculiaridades da aproximação visual em alguns aeródromos.
Começaremos a sequência com Sorocaba, designativo ICAO: SDCO. É um aeródromo público, à 2077 ft de altitude, 1480m de pista asfaltada declarada (Cabeceiras 18 e 36), operação noturna, possibilidade abastecer aeronaves que utilizam JET A1 e Avgas.
O aeródromo fica localizado na cidade de Sorocaba, distante 100km da capital paulista, possui boa qualidade de vida e valores econômicos acima da média estadual e nacional.
Voltando para a aviação, o aeródromo da cidade representa um polo de manutenção e representação de grandes fabricantes da aviação executiva, empresas de táxi aéreo, aeroclube e hangares de manutenção.
Apesar de existir um VOR na cidade, ele fica distante do aeroporto e não auxilia nas aproximações, fazendo com que este opere exclusivamente VFR.
A operação em SDCO é diversificada, de aeronaves de instrução aos grandes jatos executivos, por isso, apesar de não haver torre é necessária a coordenação entre aeronaves em frequência exclusiva (125.675 FCA SOROCABA).
Em relação à operação das aeronaves é necessário estar atento aos voos de instrução e aos pontos de entrada para ingresso na perna do vento e circuito de tráfego, pois estes variam de acordo com a pista em uso.
Segundo a carta de aproximação visual (VAC), todo o circuito de tráfego é feito pelo setor Oeste (W). Aeronaves aproximando por esse setor deverão reportar e iniciar sua entrada no circuito na posição PORTÃO ARAÇOIABA, sendo necessária curva base pela direita na 18 e pela esquerda na 36.
Já aeronaves aproximando pelo setor Leste (E) deverão reportar a entrada nas posições PORTÃO INDUSTRIAL ou PORTÃO RAPOSO, efetuar o cruzamento da pista e ingressar no circuito de tráfego no setor W. Primeira curva e base pela direita para operações na 18 e primeira curva e base pela esquerda para a 36.
As saídas de aeronave poderão ocorrer para ambos setores.
As altitudes de circuito são as seguintes:
2700ft (Helicópteros), 3100ft (Pistão e Turboélice), 3600ft (Jatos)
Todas as posições compulsórias estão no limite da ATZ, que se estende até 6,5km de raio em relação ao ponto central do aeroporto.
É importante lembrar que aeronaves aproximando ou partindo para o setor E deverão atentar-se às rotas especiais para voo visual.
As operações em aeródromos visuais podem possuir exceções às regras padronizadas desse tipo de voo, por isso é de extrema importância a familiarização dos tripulantes em relação aos locais que serão operados. Essa etapa faz parte do planejamento de voo e auxilia na naturalidade e segurança do mesmo.
Toda as informações sobre cartas, publicações e informações técnicas de aeroportos do Brasil estão disponíveis em: www.aisweb.aer.mil.br
Clique nas imagens para baixar as cartas de Sorocaba (ADC e VAC):